segunda-feira, junho 11, 2007

UM PRESENTE QUE NÂO PASSA!



O post de hoje é dedicado ao caro amigo Lord, que carinhosamente nos presenteou com o livro de sua autoria, "Computador Sentimental", que ainda não li, pois tive que dividir com os demais moradores da casa.
Nos mandou também um livreto de Graciliano, esse que mostro na foto, delicioso de ler, e descobri nele, porque tenho tantas afinidades nas palavras com o Lord, está tudo explicado aí. Palavras, que fazem parte do seu vocabulário.
Neste livreto Ricardo Filho fala sobre seu gosto pela leitura, e a descoberta dos livros
O livro infantil, "O pequeno grão de areia", já tem dono, será do Érickinho.
Vou dedicar ainda à querida amiga Meg, que se emociona com os assuntos "leitura".
Estou republicando aqui hoje um texto que escreví e publiquei há mais ou menos um ano e meio.
Como tenho muitos novos amigos, que não leram o texto não vai ficar repetitivo.
Na verdade, acho que se bem me lembro, apenas a Denise, a Elena, e a Beth que está afastada da net, leram este texto.
O intuito de mostrá-lo, é porque vejo as diferentes maneiras de se gostar, de se interessar pela leitura, as vezes nada fácil. Algumas pessoas tem incentivo e a matéria prima propriamente dita disponíveis. Outros não encontram com tanta facilidade, mas a vontade de ser melhor, é a grande mola.

Ao texto:

Eu sou Ana Pontes Ferraz, nascida Ana Rodrigues Pontes, há 52 anos, numa pequena cidade do interior de S Paulo.
Bom vou falar do meu contato com os livros.
Naquela época, tinha primário, ginasial e secundário na escola. Entre o primário e o ginásio tínhamos lá um ano de estudo que se chamava de admissão.
Bom com 11anos terminei o primário, queria muito fazer o ginásio, mas minha mãe dizia que mulher só tinha que no máximo saber ler, isto eu já sabia. Os meus pais eram analfabetos, mas analfabetos por completo, meu pai sabia ler, autodidata, minha mãe não escrevia nem o próprio nome, meus irmão todos mais velhos que eu, éramos em dez irmãos, todos tinham ido à escola, porém só para aprender a ler, ninguém foi além.
A cidade era muito pequena, e parte da minha infância, adolescência e juventude trabalhei como doméstica em casa de família.
O último emprego que tive, trabalhei lá durante sete anos; os meus patrões tinham uma certa cultura, o homem, um contador, naquela época ainda chamado de guarda livros, era assinante de um jornal, poucos na cidade o eram. O Estado de S Paulo, todos os dias eu olhava e lia alguma coisa daquele jornal, e não era horóscopo.
Queria muito estudar, mas foi preciso que meus patrões interferissem para que minha mãe deixasse. Prá ela bobagem. Mas eu consegui.
Eles, os patrões tinham na casa deles uma estante com muitos livros.
Quando terminava o serviço diário comecei a pegar os livros e ler. Lí Machado de Assis, Eça de Queirós, e tudo mais que podia.
Tinha um excelente professor de português, (Aliás como eles eram bons), me incentivava muito. Gostava de ler, e aí para não cair no vazio conversava com o meu professor (Edgar).
Bem terminei o segundo grau, conheci o Valter e me casei, me deparei com uma coleção de livros que eu não conhecia, os mais variados assuntos. O Valter que não é burro nem nada, percebeu que alí em mim tinha uma pessoa que queria e podia ser lapidada. Ele foi muito importante na minha vida também neste aspecto, me incentivava, me colocava livros na mão, e eu fui tomando gosto.
Por isso eu acho tão importante incentivar, sempre fizemos isso com nossos filhos, começamos com nosso neto, e onde eu perceber que tem alguém que posso ajudar no sentido de incentivar, estarei lá.
Aliás isto que estou fazendo aqui é nesse intuito, alguém há de ler isto e se sentir empolgado e começar a ler.

O texto já foi escrito há algum tempo, porém continua sendo a minha verdade. Se hoje gosto, e leio um pouco, menos do que eu queria, também encontrei incentivos.
Lord, querido amigo, me lembro bem, dos cobertores Parayba.
"Já é hora de dormir, não espere mamãe mandar. Um bom sono prá você, e um alegre despertar."
Só que nesta época, eu não tinha os livros, aliás nem luz elétrica em casa, para me dedicar à leitura. Mas isto não foi nenhum impecilho.
Obrigada pelo presentes.
Foi muito gostoso receber seu carinho, em forma de presentes pelas mãos do carteiro.

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Anna!

Vim retribuir a visita e gostei muito do seu jeito informal e natural de postar.
Estava aqui imaginando quantas esperiencias voce deve ter contado nessa paginas.
Vou voltar mais vezes.
Beijos

Si

Anônimo disse...

Livro é o melhor presente para se dar e receber.
Ganha-se um mundo novo em cada um.
Eu adoro ler, comprei muitos livros na minha vida, mas possuo poucos porque prefiro que eles sigam abrindo novos horizontes em vez de ficar pegando pó na prateleira. A maioria foi para bibliotecas públicas.
Beijos

Anônimo disse...

Oi Aninha,
Tudo bom? estive doente, depois o sol apareceu e , como aqui é escasso deixei de lado o pc.
Mas agora voltei, mas so vou postar em dias nublados, pois o de sol estarei no jardim.
Beijinhos

Anônimo disse...

Aninha, casa cheia de literatura.Parabéns!

Bjs

Anônimo disse...

Oi Ana!

Tudo certo contigo?
Vim dizer que voce pode ficar a vontade para copiar o post sobre felicidade ou parte dele ok.

Beijos

Si

Elis disse...

livros,livros,livros...q venham mais e mais...adoro tb e qdo a gente ganha de presente...maravilha!Bom saber q vc gosta de ler tb,amiga!
Ando muito ausente e pouco tenho entrado na net p visitar blogs q gosto...esses dias tem sido estressantes p mim...daqui uns 5,6 dias to indo p pátria amada,Aninha!!Ai,q saudade!!!

Unknown disse...

Ana, passo por aqui sempre mas hoje a visita tem outra finalidade. Visite meu blog http://blogdoronald.blogspot.com que tem um presente lá. Se te interessar... É todo seu, você merece.

Luci Lacey disse...

Anna querida

Sei que e ocupada demais, coloquei seu nome na tarefa, mas fique nao se acanhe se nao participar.

Veja la no Hippos

Beijinhos e boa Sexta