Mãos:
Aquelas mãos que tudo fazia. A emoção era do coração, mas as mãos exerciam as emoções.
Mãos que cuidavam, que acariciavam, que fazia transbordar o que sempre sonhara.
Cuidava daquele corpo frágil, atendia todas as necessidades físicas e psíquicas.
Se chorava: agradava, procurava saber qual era a necessidade.
As fraldas eram trocadas, a fome saciada.
Tudo era amor, tudo mostrava amor.
O tempo passa, os problemas aparecem. Normal...
Mas o amor continua.
Aí as mãos pouco podem fazer . Apenas a emoção.
O coração sofre. Se sente que um deles não está bem. O coração chora.
Entre tantas atribulações, o sustento, a preocupação com o aluguel.
O casamento, nem todos os dias estava satisfatório.
Havia dias em que preferia não estar ali, não estar tendo tantas preocupações. Mas tinha.
Assim aconteceu durante anos a fio.
Agora eles já estavam crescidos, adultos.
E mais uma vez as mãos voltam a demonstrar amor. Quando os filhos já adultos chegam do trabalho, e o carinho de preparar o jantar deles.
Mas a preocupação continuava, sofria as dores deles, as decepções que eles tinham eram suas também.
Mas também havia momentos de muita alegria. De plenitude, de se sentir útil e importante.
E tenho certeza, assim será sempre, todos os dias de sua vida.
Ele não é só pai, ele foi mãe, foi inimigo, foi carrasco, foi amigo, companheiro.
Assim é Valter, meu amigo, meu companheiro. Pai dos meus filhos.
Hoje um dia que convencionaram ser o dia dos pais, embora prá nós todos os dias são seus, nós temos que dizer:
Você é maravilhoso, amamos você, papai.
Eu, Pablo, Tiago, Camila e Érick.
O meu carinho e minhas orações à todos os pais que já se foram dessa vida, inclusive o meu.
Sr José Pontes receba meu amor e carinho. Sinto a sua falta.