Antonio e Rosa, já estavam casados há quase dez anos.
A vida estava muito difícil. Ele doente, muito doente, não sabia direito qual era a doença que lhe fazia tanto mal.
As crianças, praticamente passavam fome, não fosse a ajuda que Rosa conseguia na casa dos patrões, com toda certeza eles não teriam nada para comer. Afinal nos últimos dias, nem tinha conseguido sair para fazer a sua coleta diária de papel, pois a doença, não o deixava sair da cama.
E, pensar que eram seis bocas para alimentar.
O casamento estava acabado.
Já não suportava viver com a mulher. Rosa saía cedo para trabalhar, para trazer algum para as crianças. Ele saía para catar papel, e as crianças ficavam por lá, de qualquer jeito. Os mais velhos cuidavam dos menores..
Dirce a menorzinha ainda mamava no peito da mãe. Rosa dava o peito antes de sair para trabalhar, e depois a noite quando chegava. Durante o dia, os meninos davam qualquer coisa. Água com açúcar, mingau de farinha, ou o que tivesse
.
Antonio olhava aquelas crianças tão descuidadas, deixadas mesmo ao "Deus dará", e se revoltava.`Porquê não podia sustentar os seus filhos como queria?
Acabou saindo de casa, indo para a casa de sua mãe, e deixando Rosa sózinha, e dia a dia mais desesperada. Agora já não tinha nem a companhia do traste do marido.
Também não tinha uma saúde privilegiada, mas precisava trabalhar muito, seus seis pequenos filhos precisava dela.
Na verdade quem dependia dela eram cinco, não faz tanta diferença assim, mas era uma boca a menos. Um dos meninos, Luís, desde pequenino ganhara as graças da avó, que o levou para lhe fazer companhia.
Sobraram para ela, Vanda, a mais velha, que cuidava dos menores, Toninho que ganhara o nome do pai, Orlando, Vicente, Wilson e Dirce.
Antonio olhava aquela situação, todas as vezes que ia ver as crianças, e não se conformava. Tinha que fazer alguma coisa pelos filhos, doía-lhe muito ver aquela miséria, em que sua família mergulhara. Mas, fazer o quê?
Não conseguia nem ao menos tomar conta de sí próprio, a doença estava avançando, e não tinha meios de se tratar. O doutor disse da última vez que esteve lá, que estava com uma mancha no pulmão, e que a mesma crescia rapidamente. Quase não saía mais para a coleta de papel, poucos dias tinha disposição, sentia que a doença aos poucos o dominavam.
E, assim, entre tanto pensar, numa solução para as crianças, recebeu a visita da irmã Luzia que morava em São Paulo.
Descobriu aí a solução para as crianças, contou tudo à ela, e levou-a para ver as crianças.
A história continua....
4 comentários:
A novela começou… a vida anda por aí seja ela triste ou feliz, não podemos ter vergonha dela, são as raízes do nosso ser, o sangue fala sempre mais alto. Hoje rimo-nos das “pancadas” e o amor nunca esquecemos… às vezes conseguimos perdoar porque compreendemos que nem sempre se causam males por querer.
Aninha, um grande abraço!
A Ana assim é maldade...Isso voce apredndeu com o Valter, deixar todos na expectativa, já é por isto que nem assisto novelas.
Beijos Beth
É... quantos casos de família igual a esta. Muito triste... Espero que o final seja feliz, do seu texto! Tenha uma boa semana, beijos...
Luz, Beth e Lúcia.
Como já disse no haloscan, dessa vez não vou responder os comentários, como sempre faço.
Amanhã, quarta feira, tem mais uma parte da história.
Aguardem
Beijos
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