sexta-feira, maio 25, 2007

ATÉ QUANDO?

Bom, eu sei que estou muito "chic", mas não poderia deixar

de mostrar à vocês que fui "tetramente" premiada. Sei lá se existe esta expressão, mas enfim...
Já havia recebido da querida Meg e querida Denise. Mas como sou, e todo mundo já sabe disso, meio goiabona, já tinha ganhado da querida Verinha, e não soube o que fazer com ele. Agora veio também o presente da Kith.
Então essa postagem é por conta do prêmio da Kith e da Verinha.
Obrigada queridas.

O assunto de hoje é bastante sério.
Na semana do dia das mães, mais especificamente no dia 11/05, a Mônica Montone, fez um post, em que dizia: "Filho é prá quem pode". Sei que muita gente estranhou o post dela, mas eu acho que ela está certíssima.
Não que eu não esteja satisfeita com o fato de ter sido mãe, optaria novamente pela maternidade.
Mas não podemos ignorar toda a dificuldade hoje em ser mãe, em criar filhos.
Estive essa semana na casa da Kith, e falávamos sobre isso.
Tivemos aqui no litoral essa semana, um caso muito triste, do assassinato de uma adolescente de 13 anos, e pasmen, o assassino também é uma criança de 13 anos. Matou para roubar uma máquina digital.
Confessou o crime, entre lágrimas, no colo da mãe.
Puxou o gatilho, porque não tinha mais nada a perder. Será que algum dia teve algo a perder?
E isso se repete todos os dias, em todas as cidades e estados. Será que vamos parar em algum lugar?
Então, eu analiso assim: Crianças, que ficam abandonadas desde muito cedo, a mãe tem que trabalhar, fica pela rua, convive com pessoas da pior espécie. O apelo ao consumo é imenso. Não tem dinheiro. Não tem amor de família, estão empenhados apenas e tão sómente na sobrevivência.
Aquilo que as mães ensinavam aos filhos, sobre honestidade, religião, amor, garra, caráter, já não tem tempo mais. Precisa trabalhar.
Não quero aqui que pensem que sou contra o feminismo, mas não podemos negar, que desde que a mulher, precisou arregaçar as mangas e ir à luta, muito se degenerou a família.
Aí chego no ponto em que a Mônica colocou, "Filhos é prá quem pode".
Sim porque ter filhos, prá jogar na rua, no total abandono, melhor não tê-los.
Sei que isso dói muito prá uma mãe, mas com toda certeza, ela deve se culpar. Deve se perguntar: Onde foi que eu errei?
Não se chateiem comigo, mas penso isso sim, há de se repensar no valor da família, do contrário, essa violência, esse desamor não vai acabar nunca.

20 comentários:

. fina flor . disse...

Parabéns pelas indicações, linda, você merece :o)

E claro que não achei ruim você falar do meu texto, tá maluca? rs*.... Tenho é que agradecer a lembrança e o carinho.

beijos, linda e até

MM

Anônimo disse...

Anna, concordo totalmente com você.

E talvez eu seja muito criticado por expor este meu ponto de vista: ouço às vezes pessoas jovens perguntando, e até mesmo o nosso presidente:
- Como pode um pai de família viver com um salário mínimo, com dois filhos para educar etc?

A resposta é simples e sem hipocrisia: não pode, e pronto. que não os tivesse enquanto não podia tê-los/mantê-los.

E é mais do que claro que a chamada "independência, liberação, libertação da mulher etc. etc." inciada em fins da década de 1950 criou todas aquelas situações desfavoráveis para uma boa estrutura familiar, origem de todos os graves problemas de hoje, quando os chamados desvios de caráter não atingem apenas os filhos vindos de classes menos favorecidas, mas de todas elas indistintamente.

Apontar solução, não vou, porque não existe. O trabalho de deterioração foi lento, gradual, mas persistente, difícil de ser
neutralizado em apenas meio século de vida, se é que o nosso planeta chega lá.
E desculpe-me pelo pessimismo, mas não vejo motivo para não exprimi-lo já que falou no assunto com tanta propriedade.
Abraço, Anna.

O Meu Jeito de Ser disse...

Moniquinha:
Obrigada querida, seu post deu o pontapé.
Um beijo.

Adelino:
Acho isso, sinto isso.
De um tempo prá cá, a coisa vem piorando. A mulher precisa trabalhar, fora os casos de separação, em que a mulher vive sózinha e tem que prover a alimentação dos filhos, hoje muitos homens não conseguem emprego.
Não podemos esquecer que com o número grande de mulheres disponíveis no mercado de trabalho, falta vagas para os homens, e aí vira um círculo vicioso, quando o homem não trabalha, a mulher enfrenta o batente para suprir a falta do homem, e ser o arrimo.
Nem sempre o homem que "não está trabalhando" fica em casa com os filhos e supre a falta da mãe.
Perecebe a inversão das coisas?
É muito difícil. Sei que muitas mulheres vão ficar bravas comigo, mas é só pensar. As coisas estão aí.
Um abraço

Elis disse...

Oi,Ana!
Li tudinho, mesmo estando com pouco tempo p net...
Claro que as coisas sao dificeis e ainda mais c essa realidade q a gente tem no Brasil.Bem,mas eu ainda sou de apoiar essa saida da mulher de casa p o trabalho.Mas,entendo que nao é facil mesmo botar filhos no mundo sem ter como assumir a responsabilidade.
Legal q seu blog tenha abordado temas tao diversificados.Isso me anima,me alegra.Ultimamente tenho tido somente minhas viagens p contar...o tempo anda curto p net e nao tenho tido muito tempo p abordar os temas q sempre ousei...mas,quem sabe nesse verao...tomara q eu tenha as novidades q espero!!

Anônimo disse...

Aninha, quantas vezes já lamentei ter que deixar meus filhos... E me sinto culpada de tanta coisa... Eu optei por não ser mãe, porque já trabalhava o dia todo,mas meu ex-marido fazia questão. Mas acabei tendo que assumir tudo sozinha. Tive perdas irreparáveis. Se pudesse escolher, não trabalharia fora, durante o período da infãncia deles. Sinto tanta culpa, Aninha, tanta... Deixei minha filha com babás que eu sequer conhecia... Este assunto é sério. Mãe tem que estar com o filho. Mas, se a gente não trabalhar, como faz? É uma faca de dois gumes. e como machuca...
beijo, menina

Anônimo disse...

Ana, parabéns! Quatro indicações não é para qualquer um!!! É, sem querer fazer gracinha e já fazendo, "o seu jeito de ser", ora!!
Não sabia desse caso do garoto de 13 anos. A mídia aqui no Rio não falou nada, ainda...
Que coisa chocante! O que falar ? Esse menino tem noção do que fez ? Que futuro essa criança terá pela frente ?
Isso tudo é uma tragédia. Aliás, estamos vivendo essa tragédia no Brasil todo.
E não sei como vamos sair dessa!
Enfim...
Um beijão.

O Meu Jeito de Ser disse...

Elis:
Querida agora é seu tempo, de viajar, de curtir maridinho, de conhecer lugares.
Não se esqueça tudo tem seu tempo, e ele tem que ser bem aproveitado.
Um beijo.

Denise:
Também muitas vezes tive que sair para trabalhar, mas ao contrário de vc, sempre tive apoio do Valter, sempre tivemos lado a lado, muitas vezes quando eu estava fora, ele estava ao lado das crianças, sempre foi muito pai, presente. Mas sabemos que nem todos tem essa sorte.
E ainda há os casos de mulheres que são mães, mas não gostam da opção, e acabam deixando os filhos abandonados, ou nas mãos de babás quando podem, ou sózinhos.
É muito difícil.
Um beijo

Cejúnior:
Infelizmente, como eu disse, acho que nunca teve nada para perder, e também futuro, é algo que eles não visualizam, não existe futuro para essas criaturas.
Só tristeza, só sofrimento, rebeldia e violência.
Um beijo

marilia disse...

Aninha, sou meio por fora desta história de premio, mais imagino que seja pelas coisa boas que vc escreve e publica em seu blog. ele te leva longe, fazendo com que suas opiniões e ideias seja conehcidas. Parabéns!
quanto a maternidade, é um caso a parte e gostria de opinar!...
Adoro ser mãe de minhas filhas, e sei que elas são meu esteio, meio limite , minha força para viver.
Trabalho ,junto com marisa minha amiga, apoiando instituições francesas que realizam adoção internacional aqui no Brasil, e muitas vezes já questionei sbre esse tema.
Não é facil ser mãe nos dias de hoje, como acho que nuncca foi.
a violencia , as doenças modernas, o estado de indiferença que o mundo assiste a evolução do terror, me faz pensar que a antiga e tradicional familia, através da manutenção dos costumes, das normas, das regras, dos rituais, seja a solução para que a gente não se perca!
Ps.: vou te encaminhar um texto sobre o que penso do assunto, e acho ele fundamental. discutir a maternidade, ter filhos ou não é um tema atual e vibrante, que vc pode realizar em palestra aberta no seu blog!
Beijos, amiga

Sonho Meu disse...

Eita ....foste indicada 3 vezes para o "Oscar"?????? Que delicia. ! Bem que o mereces menina.
Quanto ao assunto do post de hj:...mãe... ser ou nao ser, eis a questao.
A minha opiniao Ana, é que pra se criar um filho tem que se ter parceria entre o casal. O mundo todo tá mudando rápido...a mãe de hj nao é de forma alguama a mãe de 20 e 30 anos atras. Vivemos uma outra realidade... consumo, moda, internet, drogas, jogos e muitos outros. Então, se o casamento nao tem parceria, amor e uma visao ampla da responsabilidade que é botar um filho no mundo, é bem melhor desistir da ideia e criar gatos e cachorros, que é menos complicado. Agora amiga... o fato da mae e o pai trabalharem, isso sempre existiu e vai existir, principalmente nos tempos atuais.
Quando meus filhos eram pequenos, eu tive a sorte de não precisar trabalhar e os criei. Já meu irmao e minha cunhada, trabalhavam o dia todo e tiveram 3 filhos que tinham que ser deixados com as babas. Cresceram e estao aí
adultos super bem ajustados.
Enfim resumindo amiga, se nao tem parceria no casamento, o desastre com certeza vai bater a porta, tanto da familia pobre, quanto da rica.
Desculpa o longo comment.
Bjos amiga,
me

Claudio Costa disse...

Num mundo em que os referenciais estão se esfarinhando, não há mais referências seguras. A dissolução da família patriarcal - sem sucedâneo, ainda - deixa sem lei aqueles que vivem atarantados, feito baratas tontas, em busca do gozo imediato, a qualquer custo. O imediatismo, a descrença em valores mais estáveis, a ética do mais-gozar, tudo isso alimenta a violência que a todos vitima. É preciso que haja mães e pais, gente que sustente o lugar de estabilização.

Sergio disse...

olá, Aninha!


Tenho tres filhos e sei o quanto é dificil por filhos no mundo, sempre foi...Hoje se pode optar...antigamente era como um compromisso, e tinha que lidar com o preconceito e a rejieção.

um beijo e bom domingo

marilia disse...

oi aninha... voltei so pra saber do bruno?
como estão as coisas com ele?
ah...parabéns, duas vezes..pela indicaçõa, ( já sei o que se trata o premio,rss) e outra pelos textos do valter! caramba, desconhecia esse lado dele!
bjos, amiga..
Ps.: estou meio dodi...rsss reza para eu...rsss

Saramar disse...

Aninha, parabéns mais que merecidos porque, andando pela blogosfera já vi muita gente elogiando seus textos. Entre os que a conhecem, você é uma unanimidade.
Certamente você merece sim, todos os elogios e homenagens porque sempre publica textos edificantes e que nos fazem penar.
Obrigada.

Quanto ao post, só posso concordar com você. A família sofreu uma desagregação enorme nos últimos 50 ou 60 anos e, com isso, os filhos são as maiores vítimas porque suas referências são todas erradas ou incompletas.
Infelizmente, é o preço que pagamos pela emancipação feminina e pelo progresso.

beijos e boa semana para você.
P.S. Estarei viajando na próxima semana, por isso, não estranhe se eu sumir um pouco.

Eu... disse...

Ana,
Concordo em numero, genero e grau!!
Vc foi certeira em suas argumentações, ter filho por ter?! Não!! Sem dúvida é melhor não te-los!!
Bjo, boa semana pra vc!!

Anônimo disse...

Que chic..parabens pela indicacoes..vc merece...e vc tem razao...os valores tehm que ser repensados..

Yvonne disse...

Aninha, eu tive sorte de ter uma boa infraestrutura que me permitiu trabalhar fora, mas ainda assim doía demais deixar a minha filha. Não acho que o problema dos filhos desajustados seja por aí, mas a falta de cuidado realmente incentiva a criança a cometer erros. É triste saber de histórias como essa. Às vezes eu fico pensando que estou vivendo em um mundo de loucos. Triste mundo o que vivemos. Beijocas

Yvonne disse...

Aninha, eu de novo. Por favor, me mande um roteiro para eu colocar o selinho no meu blog. Beijocas

Anônimo disse...

Oi Aninha!!!
Concordo plenamente com vc!!! Acho q hj em dia a decisao de ter um filho deve ser pensada financeira e emocionalmente!!! Uma criança exige, e merece, cuidados, carinho, atençao e amor!!! Ser mae eh pra quem pode!!!
Beijos, Dani

Lord Broken Pottery disse...

Aninha,
Concordo com veocê. Filho é para quem pode, o que me remete à discussão mais ou menos recente sobre aborto. Sou totalmente favorável. Sei que existem motivos religiosos envolvidos. Não é qualquer um que pode decidir sozinho, sem infringir regras do credo que escolheu. Mas acho que as pessoas deveriam ser permitidas a optar entre abortar ou não, com segurança e possibilidade de atendimento médico.
Beijo

O Meu Jeito de Ser disse...

Marília:
Você está certa.
Ainda acho que a família é a base de tudo, é ela que nos dá o apoio, o pé no chão que precisamos.
É através da família que desenvolvemos o caráter.
Um beijo.

Elena:
è exatamente assim, quando a parceria funciona bem, conseguimos passar valores para nossos filhos, e é aí que se forma a base, daí virá os cidadãos, e claro, vai carregar uma carga de coisas boas.
Um beijo.

Cláudio:
Você usou a palavra certa. Referência, é isso que os jovens perderam com a falta da família.
Não tem em que se pegar, e isso é exatamente a referência, não há exemplo a seguir, pelos menos bons exemplos, o que eles têm, são exatamente maus exemplos, da rua, da deseducação, do quem pode mais chora menos.
Um abraço.

Sérgio:
É verdade, sempre foi difícil, ter e criar filhos, só que quando não tínhamos muita opção, a família era mais unida, existia a figura do pai e da mãe.
Um beijo.

Marília:
Estou cuidando de vc. O meu filho é o Pablo, está indo...
O Valter é bom nisso, também,rsrsrs.
Beijos.

Saramar:
Obrigada meu bem, pelos elogios.
É uma pena, mas dá o que pensar mesmo. Prá toda ação existe uma reação né? E muito do que ocorre hoje, é realmente a desestruturação familiar.
Um beijo menina.

Lara:
Obrigada, mas penso assim. Filho é reponsabilidade, e muita.
Sem contar que Deus nos confiou a educação deles, será que estamos correspondendo à essa confiança?
Beijos.

Cilene:
Obrigada querida, e temos que repensar com urgência e muita seriedade.
Um beijo.

Yvone:
Talvez não seja prá nós meu bem, que temos uma base familiar, que temos carinho, que damos carinho, e eles, têm o quê?
O Valter já te passou o que deu né?
Um beijo.

Dani:
Muitas vezes prá satisfazer e realizar um sonho de ser mãe, temos que ter coragem muitas vezes de abrir mão de certas coisas, ou então...
Um beijo.

Lord:
Meu amigo, o direito de escolha é fundamental, com segurança, e responsabilidade também.
Do contrário, será apenas mais uma conquista, para não saber como usá-la.
Há muito que pensar, há muito que se fazer, com relação à educação.
Estamos falando de seres humanos né?
Um beijo.