quinta-feira, julho 05, 2007

SEXUALIDADE NA IDADE ADULTA II

Conforme havia prometido, iria contar uma outra história de sexo na maturidade. Isso apenas para mostrar as diferenças que já sabemos existir.
Conheci Dalva há mais ou menos 32 anos.
Uma grande amiga, que nos apoiou muito e esteve próxima em momentos difíceis.
Ela tinha mais ou menos 53 ou 54 anos, e Luis seu marido por volta de 60 anos.
Luis já estava aposentado, e perdera muito a saúde.
Ela trabalhava em uma imobiliária, com seu sócio Valdir.
Morava um tanto distante de nós, porém o trabalho era bem próximo.
Descobrimos que ela e Valdir tinham um caso amoroso. Ela chegou em minha casa, e veio, mesmo sem que eu quisesse, dar explicações sobre o caso deles.
Me contou que já há algum tempo Luis não conseguia satisfazer seus desejos sexuais. Havia se entregado aos problemas de saúde, e pouco a procurava.
Ela fervia, e precisava de muito mais.
Acabou caindo nos braços do sócio, e agora então amante.
Este sim, um pouco mais jovem que ela, casado, e nos dias que estavam juntos, ela ia ao céu.
Dele não queria nada, nada de separação de sua mulher, apenas sexo.
Confesso que fiquei bastante chocada com o episódio na época, conhecia toda a família, e me sentia conivente e até cúmplice.
Tanto Valdir quanto Luis eram nossos amigos, adoravam meu filho, que tinha na época apenas dois aninhos. Isso me incomodava.
Estava casada há apenas três anos, e aquilo prá mim era incocebível.
Não a julguei, achava que ela sabia da vida dela, e eu não tinha nada com isso.
Dalva então me disse que havia passado anos de sua vida, sem se interessar por sexo, não gostava mesmo. E Luis a cobrava, não a ajudava em nada para melhorar, pelo contrário, a traía com qualquer mulher que encontrasse e pudesse, e se reclamasse o mesmo dizia que não podia viver sem sexo, e que iria procurar em qualquer antro aquilo que não tinha em casa.
Sofreu muito com as traições dele.
Mas um dia as coisas mudaram, os filhos já criados, foi trabalhar fora, ver pessoas, ter contato com elas, e todo seu corpo foi mudando.
Começou a cuidar melhor de sua aparência.
Sempre que chegava em casa procurava por Luis, queria fazer sexo em qualquer hora, estavam sózinhos, mas ele sempre com dor de cabeça, ou outra dor qualquer, dizia não!
Foi então que ela me disse que não sentia nenhuma culpa, estava fazendo exatamente o que ele sempre fez, precisava de sexo, e estava encontrando ao lado de Valdir, mas que poderia ser outro.

No primeiro caso, eles encontraram o equilíbrio entre o casal, estão felizes.

Neste caso, não houve equilíbrio, ela foi buscar satisfação, porque ao chegar na idade madura, mudou, queria sexo, e o marido já não a acompanhava.
Estão vivos e juntos até hoje, só não soube mais o que aconteceu entre eles, estamos um tanto distantes.
Talvez hoje, com minha maturidade, até entendesse melhor o caso de Dalva, mas confesso que na época, foi duro de engulir. Embora continue não concordando com o método usado. Eu particularmente aposto na fidelidade, ou então a separação. Acho menos doloroso que a traição.

Ainda tem um outro caso sobre a sexualidade, de um outro lado ainda. isto para próxima semana.

9 comentários:

Anônimo disse...

O mundo pode evoluir...sim...mas, a maneira de pensar, agir e se comportar de algumas pessoas no tocante à moral e bons costumes, não mudam.Permanecem intocáveis.No entanto, por mais chocada que a gente se sinta, a sua amiga sabia onde o sapato apertava. E os valores dela sao diferentes dos seus, assim como os meus sao diferentes de ambas.a VIDA, MINHA AMIGA, corre tão rápido que um belo dia, a gente se olha no espelho e descobre que o MUNDO ESTÁ MESMO É VIRADO DE CABEÇA PARA BAIXO....RS..BEIJOS E BFSEMANA

Renata Livramento disse...

Aninha, um ótimo fds para vc!
bjos

Anônimo disse...

Nem sei o que dizer. Eu abomino qualquer tipo de infidelidade. Seja dura quanto for a verdade deve ser dita. Traição de um não justifica a de outro.

Beijos

Si

Anônimo disse...

Cada cabeça uma sentença. Não há verdade absoluta quando se trata de relações humanas, né? bjs

Anônimo disse...

Aninha, uuuaaauuullll...
e eu que só achei que aqui só se tratava de AMOR. Tem sexo na parada! Muito bom!
Acho que o Valter não pode ir nos comentários do Varal de hoje, e em resposta à sua visita, logo na primeira hora dei uma notícia, para você, que já esta passando da hora. Vá lá ler e pegar seu premio na Marília. Esta ficando tão velho que já foi para os arquivos do Alvarenga, mas ela te ajudará a achar.

A culpa foi do Valter que pensei te avisaria...Esse Valter....

Lord Broken Pottery disse...

Aninha,
Com muito atraso venho comentar. Acho bacana a sua postura de não julgamento. Também não julgo. Os corações humanos são diferentes. É isso que torna as histórias tão bonitas. É como vejo, muitas vezes, as pessoas. São fontes inesgotáveis de belos contos.
Beijão

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

rs...fiz uma confusão de nomes que tive que excluir...rs. Agora vai certinho:
"Aninha: interessante o paralelo que você traça entre dois casais. Olga e Carlos amadureceram e se adaptaram; Dalva e Luís escolheram caminhos semelhantes em momentos distintos. Faz pensar a respeito do móvel dessas ações. A meu ver: Olga e Carlos se amam; Dalva e Luís se suportam.
Via de regra concebemos a satisfação sexual como o forte atrativo de outra relação mais importante: a união de duas pessoas sob o mesmo teto. O mundo prega isso a todo instante. Defende a insaciável busca pelo prazer pleno. Será mesmo assim?
Por instantes, veja com os meus olhos. Dalva nunca amou verdadeiramente a Luís, criou um vínculo de aparência e suportou a necessidade sexual dele, tal qual aprendera em casa. Um dia despertou para o mundo, já livre das obrigações domésticas que a amarravam aos protocolos. Notou-se mulher, perfumou-se, admirou-se ao constatar sua potencialidade em beleza física e deu aquele trato na embalagem. Para não violar o ensinamento materno, buscou primeiro a satisfação sexual junto ao esposo. Percebeu que ele realmente não a desejava. Olhou ao redor e descobriu quem a desejava como mulher, sem vínculos, por óbvio. Mais uma vez sem amor porque amar não faz parte do modus operandi da mente dela. Sentiu prazer. Gostou. Manteve-se assim. Dupla felicidade: tesão e vingança desferida diretamente contra o marido que sempre a traiu descaradamente. Interessante.
Já o casal Olga e Carlos estão mergulhados em outro universo. Conhecem o amor, a vida não lhes deu muita trégua, como, aliás, nunca dá àqueles que não dispõem de posses materiais imediatas e trabalham para alcançarem alguma estabilidade financeira. No entanto, amor sempre existiu.
Questão básica: qual o objetivo do "casamento"? Satisfação sexual absoluta ou todos aqueles fatores que se associam, inclusive o sexo, tornando duas pessoas tão intimas a ponto de serem indispensáveis uma a outra?
Minha opinião? O corpo amadurece, a pele enruga, o desejo sexual pode arrefecer primeiro em um dos dois, as vezes, contrapondo-se à aceleração do desejo que afeta ao outro. Pensando assim, concluo que casar é mais do que transar. Onde não há empatia verdadeira, companheirismo e solidariedade recíproca não existe casamento efetivo.
Era exatamente neste ponto da minha percepção pessoal que eu pegava a minha malinha e caía fora...rs. Viver uma farsa? Não para mim.
Casamento é comunhão alcançada dentre as inúmeras divergências que marcam os indivíduos. Menos que isso não vale a pena.
É a minha opinião.
Abraços, minha amiga."

Anônimo disse...

Voce mora em Mongagua?

Beijos