Antonio era uma pessoa muito alegre.
O sorriso largo no rosto era constante. Dentes brancos.
Gostava de uma farra, balcão de bar, mulheres, embora estivesse casado há uns doze anos, com duas filhas lindas, mas não deixava de dar seus pulos.
Dona Geralda, a mãe sempre aconselhando: "bar não dá camisa prá ninguém", só traz coisa ruim.
"Sua mulher deve ser amada e respeitada, se um dia adoecer, nenhuma rameira vai cuidar de você".
Mas, bobagem, ele não ligava.
Era muito trabalhador, respeitado na sua profissão, não estudou. O máximo que chegou foi à quarta série. Era o quinto filho entre os dez.
Começou a trabalhar muito cedo, e as melhores e mais bonitas casas da pequena cidade haviam sido construídas por ele.
Tanto fez, que a mulher se cansou, um dia, o traiu, com o marido de uma prima dele.
Ah! aí ele sentiu na pele, chorou, esperneou, brigou, mas não teve jeito. Veio a separação.
Aí então que o bar era o lugar que ficava após o trabalho.
As vezes discutia com outros bebados, brigava, mas nada sério. Pelo menos parecia.
Passado algum tempo, de muita mágoa, começou a namorar uma moça, boa moça, educada para o casamento, como era normal naquela época.
Tinha mais um dado, Lourdes era irmã de duas cunhadas, já tinha então duas irmãs casadas com dois de seus irmãos.
Foi convidado a construir uma bela mansão na cidade de Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul.
Prá lá mudou-se com seus ajudantes.
Depois de dois ou três meses, veio passar as festas de final de ano com a mãe, e visitar a namorada, já não tinha mais o pai, ele havia partido há pouco mais de um ano.
Quando voltou levou Lourdes para morar com ele, com o consentimento da família dela, uma vez que ainda estava casado, iam morar juntos.
Dona Geralda foi junto, queria conhecer a nova casa do filho, que achava agora tudo ia dar certo. Uma mulher faz falta na vida de um homem. Ficou lá dois meses e voltou.
Passados cinco meses, todos em casa. Telefone, ninguém da família tinha, então, chega um carro da polícia. A notícia tinha vindo via rádio de delegacia para delegacia.
Cidade pequena, todos se conheciam, não foi difícil para o policial de plantão saber de quem se tratava.
A pior notícia.
Haviam assassinado os dois em casa, lá distante 400km dos seus.
Foi a pior noite para todos. Aguardar os corpos que só chegaram na manhã do dia seguinte.
O assassino? Um desafeto do bar, que um dia há mais de dois anos atrás, haviam discutido. Antonio o esbofeteou.
Planejou tudo, logo após a mudança de Antonio para Dourados. Não foi difícil arrumar um assassino de aluguel.
Lourdes morreu porque estava junto.
Amanhã dia 19 de maio, faz vinte e cinco anos.
Antonio era meu irmão.
Quantas saudades!
A dor da perda de alguém próximo, nos deixa frágeis, vulneráveis.
Tenho visto nos últimos dias sempre alguém falando sobre isso.
Dia desses ao ver um desabafo de uma pessoa já muito querida, que perdeu alguém muito amado, sentí isso. Novamente a fragilidade em que ficamos, principalmente quando a morte entra dentro de nossa casa. Não sabemos lidar com essa dor.
Por isso não concordo com a pena de morte. Não desejo prá ninguém, nem prá mãe de bandido, uma dor dessas.
O sorriso largo no rosto era constante. Dentes brancos.
Gostava de uma farra, balcão de bar, mulheres, embora estivesse casado há uns doze anos, com duas filhas lindas, mas não deixava de dar seus pulos.
Dona Geralda, a mãe sempre aconselhando: "bar não dá camisa prá ninguém", só traz coisa ruim.
"Sua mulher deve ser amada e respeitada, se um dia adoecer, nenhuma rameira vai cuidar de você".
Mas, bobagem, ele não ligava.
Era muito trabalhador, respeitado na sua profissão, não estudou. O máximo que chegou foi à quarta série. Era o quinto filho entre os dez.
Começou a trabalhar muito cedo, e as melhores e mais bonitas casas da pequena cidade haviam sido construídas por ele.
Tanto fez, que a mulher se cansou, um dia, o traiu, com o marido de uma prima dele.
Ah! aí ele sentiu na pele, chorou, esperneou, brigou, mas não teve jeito. Veio a separação.
Aí então que o bar era o lugar que ficava após o trabalho.
As vezes discutia com outros bebados, brigava, mas nada sério. Pelo menos parecia.
Passado algum tempo, de muita mágoa, começou a namorar uma moça, boa moça, educada para o casamento, como era normal naquela época.
Tinha mais um dado, Lourdes era irmã de duas cunhadas, já tinha então duas irmãs casadas com dois de seus irmãos.
Foi convidado a construir uma bela mansão na cidade de Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul.
Prá lá mudou-se com seus ajudantes.
Depois de dois ou três meses, veio passar as festas de final de ano com a mãe, e visitar a namorada, já não tinha mais o pai, ele havia partido há pouco mais de um ano.
Quando voltou levou Lourdes para morar com ele, com o consentimento da família dela, uma vez que ainda estava casado, iam morar juntos.
Dona Geralda foi junto, queria conhecer a nova casa do filho, que achava agora tudo ia dar certo. Uma mulher faz falta na vida de um homem. Ficou lá dois meses e voltou.
Passados cinco meses, todos em casa. Telefone, ninguém da família tinha, então, chega um carro da polícia. A notícia tinha vindo via rádio de delegacia para delegacia.
Cidade pequena, todos se conheciam, não foi difícil para o policial de plantão saber de quem se tratava.
A pior notícia.
Haviam assassinado os dois em casa, lá distante 400km dos seus.
Foi a pior noite para todos. Aguardar os corpos que só chegaram na manhã do dia seguinte.
O assassino? Um desafeto do bar, que um dia há mais de dois anos atrás, haviam discutido. Antonio o esbofeteou.
Planejou tudo, logo após a mudança de Antonio para Dourados. Não foi difícil arrumar um assassino de aluguel.
Lourdes morreu porque estava junto.
Amanhã dia 19 de maio, faz vinte e cinco anos.
Antonio era meu irmão.
Quantas saudades!
A dor da perda de alguém próximo, nos deixa frágeis, vulneráveis.
Tenho visto nos últimos dias sempre alguém falando sobre isso.
Dia desses ao ver um desabafo de uma pessoa já muito querida, que perdeu alguém muito amado, sentí isso. Novamente a fragilidade em que ficamos, principalmente quando a morte entra dentro de nossa casa. Não sabemos lidar com essa dor.
Por isso não concordo com a pena de morte. Não desejo prá ninguém, nem prá mãe de bandido, uma dor dessas.
30 comentários:
Amiga,
Imagino sua dor. Perder alguém amado deixa uma marca profunda no coração.
Um beijo
Oi Ana,
Uma triste história com um final muito triste.
Acho que a pena de morte, funciona num país com lei e nosso Brasil tá longe disso. Até lá...enquanto eles nao arrumarem a casa, muitas injustiças e crimes barbaros vao acontecer.Brasil ainda vive no tempo das diligencias e faroeste caboclo...infelizmente.
Beijos,
me
Aninha,
Sei que a dor é de quem tem, mas a minha solidariedade é total. Perder gente querida não faz sentido. A morte não faz sentido. O que faz sentido é saber que existem pessoas bonitas, melhorando o mundo em que vivemos.
Beijão
Aninha minha querida,
mesmo que passem mais 25 anos essa dor não esquecerá, sinto muito por seu irmão e cunhada e pela dor que a familia passou.
Também não sou favorável a pena de morte, muita injustiça seria feita :(
Bom final de semana junto aos seus minha flor
beijossssssssssss
Anninha,
enquanto há vida e saúde, pra tudo há jeito. Mas, lidar com a morte, é muito triste!Dói demais!!A ferida pode até parecer fechada, mas a cicatriz existirá sempre...Fica com Deus, e que Deus te proteja. Que Deus vá sempre te dando conforto.Beijo, Vivi Amorim
Ei Ana,
A um tempinho visito seu blog, pois gosto mto de ler as coisas q vc publica. Nunca tinha deixado um comentário, e hj resolvi faze-lo, talvez pq me encontro na mesma situação, no proximo sabado faz 8 anos que perdi uma prima, um tio e uma tia, uma familia inteira teve a vida ceifada de uma hora pra outra e até hj é mto triste a lembrança e intensa as saudades..
Então vim deixar um beijo, e uma oração pra q Deus conforte seu coração!!
Beijos...
Aninha, passei pra agradecer muito o seu carinho e lhe desejar um excelente domingo!
bjos
Kith:
Tem toda razão, essas coisas a gente não esquece,pode passar o tempo que passar, que ela estará aqui guardadinha.
Um beijo
Elena:
Você está certa, quando aconteceu conosco, achávamos que aquilo era o fim do mundo, hoje vemos isso todos os dias, mas eu continuo dizendo, ninguém merecepassar por uma dor assim.
Beijo
Lord:
Sem dúvida, frente à morte, nos tornamos vulneráveis, nos entregamos mesmo. Nem mesmo a pessoa mais forte do mundo, continua inabalável diante da morte.
Minha mãe costumava dizer, a única coisa que não tem jeito é a morte, essa ninguém dribla, talvez por isso nos sentimos frágeis né?
Foge ao nosso controle.
Um beijo
Marcinha:
Querida é exatamente assim, todos os anos, vivo novamente os momentos e ador, como se tivessem acontecendo de novo. Cada detalhe é vivo na minha memória.
O sofrimnto da minha mãe, que culminou num problema cardíaco, e cada lágrima que choramos, tudo é muito presente.
Um beijo linda.
Vivi:
Essa é a única certeza que temos querida, que Deus está presente nos confortando. A dor,esta estará sempre presente enquanto vivermos. A saudade virá sempre, aquele sorriso vai continuar vivo em minha memória. Sempre.
Um beijo querida.
Lara:
Obrigada pela su visita e comentário.
Fiquei feliz de saber que vc vem sempre me ver, e hoje resolveu deixar seu carinho.
Vou lá te visitar também viu?
E volte sempre que quiser, será muito bem vinda
Coloco as dores de sua família junto às minhas orações também, as orações que nos dão forças.
Um beijo
Renata:
Querida, obrigada pelo seu carinho também.
Tenha um bom domingo.
Um beijo
Imagino a dor de uma morte traumática como esta,ANA. Não tem nada de facil. E creio que nem o tempo consegue fazer esquecer.
Muita luz onde ele estiver.
Beijão!!
A dor que você experimentou com a morte do irmão mostra muito bem como a violência deixa marcas, causa traumas e sofrimento. Tenha paz consigo, Aninha.
Anna, eu queria te dizer duas coisas completamente distintas:
1 - Cumprimentá-la pelo belíssimo texto; prendeu a minha atenção, e acredito que a de todos os seus leitores, da primeira à última palavra;
2 - Solidarizar-me contigo pelo acontecido. Foi um choque ao final da sua narrativa.
Anna, um fato me levou a pensar: existe coisa pior do que perder uma esposa após 39 anos de casados, e 42 de conhecidos? Impossível? Não, não é impossível. Em 9 de novembro do ano passado às 08h00 recebo um telefonema de um grande amigo, alegre, brincalhão. Anunciou a morte de seu filho com apenas 34 anos de idade, solteiro ainda, morava com ele a mãe, pessoa que eu conhecia, muito educado, atencioso, amigo. Se este anúncio já era terrível, imagine quando ele me disse em prantos, do outro lado da linha que o motivo da morte tinha sido suicídio, sem qualquer motivo aparente? Não é fácil, Anna.
Minha solidariedade. Esta vida é um mistério.
Sobre a pena de morte acho que em certos casos é cabível. Qual a diferença entre um cão com raiva e um ser humano cruel? Nós achamos que tem diferença, mas quem garante? Por que se sacrifica um cão raivoso que estraçalha uma pessoa e se preserva um "ser humana" que faz o mesmo? Écomplicado, Anna.
Grande abraço
Ana, o que posso eu te dizer? todos dizem que o tempo é o melhor remédio, mas pra mim não é não, pode passar o tempo que for, essa dor vai fazer parecer que foi ontem...mas temos que enxugar as lágrimas e seguir em frente, não é mesmo?
fique com Deus!
beijos
Aninha, muito doloroso passar por uma perda assim. Fica uma a marca da tragédia gravada a ferro e fogo em nossa história de vida. Duas vidas perdidas a esmo pelo ato de um ser doentio.
Te acho muito bondosa em negar a pena de morte pois o mais lógico seria desejar que o criminoso pagasse por seu crime insano.
Não tenho uma opinião formada a respeito. Penso que sou a favor da vida, sempre... mas não sei qual o meu limite e nem quero ser testada... Me entende?
Beijo querida e doce amiga
DO querido, realmente a palavra é esta, traumática. Dolorosa.
Pode passar o tempo que passar, a dor se acomoda, mas fica lá.
A saudade ficará sempre conosco.
Obrigada e um beijo
Cláudio:
É essa paz que vivemos perseguindo, e procurando viver normalmente. Mas as marcas ficam sim,são como velhas cicatrizes.
Um abraço.
Adelino:
É assim, a morte é difícil de aceitarmos com naturalidade.
Cada caso é um caso, cada dor é única, mas existe, se faz presente na vida de cada um de nós.
Claro, que em alguns casos, como esses de morte estúpida, fica ainda mais difícil digerir.
Um abraço.
Lila:
Eu diria querida, que o tempo é um paliativo, apenas isso,é exatamente como analgésico, tira a dor, porém não cura.
Mas vamos vivendo, uns dias mais tristes, outros melhores, nessas datas específicas,é complicado, não se curvar.
Um beijo.
Clarice:
Minha querida, não sei se é bondade,mas consigo me colocar no lugar de cada um deles, da família, enfim, é muita dor, a impressão que temos, é que não vamos suportar, e naqueles momentos de dor, eu não queria sentí-la, portanto, não posso desejar aos outros, o que não quero prá mim.
Ele, creio que já teve o acerto de contas com o pai, não chegou nem a ser preso, quando tudo foi esclarecido, ele já estava com um câncer em estado terminal.
Um beijo
Haverão de estar sempre lá,para nos lembrar.
Sinto muito Anninha!! Um dor que não quero pra mim ou pra qualquer um. Que triste fim!
Boa semana! Beijus
História muito triste essa sua Aninha. E como é comum, não? É impressionante como podemos passar de gentis, amigos, conversadores a brutais irreconhecíveis. Da alegria da ferra e da festa para o sofrimento de uma perda para sempre. Beijo carinhoso e solidário, querida.
Viajo essa semana. Por um mês estarei fora. Logo, logo ´por aqui de novo. Beijo.
Nossa, Aninha! Perdi o fôlego quando disse que era seu irmão!
Que triste!
beijos, linda
MM
Oi Ana, realmente quem vai entender todos os acontecimentos desta vida? eu tbm perdi aos 15 anos um primo de 19 anos com bala perdida ou melhor, ter pego carona com quem não devia, e até hoje eu sinto falta dele, era como meu irmão, e eu amava demais...
O seu texto ficou lindo, vc está de parabéns... estava esperando um autor conhecido como outras histórias que ouvimos por aí, mas a história me prendeu e no final vi que isso aconteceu com vc...
meus sentimentos...
beijos
Grazy... :)
Aninha minha querida,
Tem uma tarefinha pra voce lá no meu blog.
Vai lá.
Bjokinhas,
me
Luma:
Infelizmente a gente vai aprendendo a conviver com ela. As vezes machuca mais, as vezes se torna mais suave.
Mas está presente.
Obrigada querida.
Um beijo.
Sibila:
Querida é isso mesmo, o ser humanos é estranho, e assustador.
Muitas vezes vemos reações nas pessoas que nos apavoram, é inacreditável como chegam à tais reações.
Vamos sentir sua falta, menina. Quando você passa uma semana sem aparecer, eu já falo, cadê a Sibila?
Mas quando voltar nos conte as novidades. Boa viagem
Um beijo.
Mônica:
Triste mesmo, as vezes mais.
Beijos linda.
Grazy:
Obrigada querida, é que na verdade é uma história de tanta gente né?
A minha realidade não é só minha, mas sua, do outro, e infelizmente nos unimos e entendemos um a dor do outro.
Um beijo querida.
Elena:
Já fui lá meu bem.
Um beijo
Sinto muito minha amiga..essa dor nao passa..vai durar para sempre..
Oi Aninha, fiquei sem palavras. Que tristeza. Amiga, muito obrigada pelo grande carinho nesses dias de tristeza. Ainda bem que saí dessa. Os problemas continuam, mas eu me sinto melhor. Como vai o filho? Beijocas
Oi Ana, realmente é uma dor enorme, se perder alguem da familia e ainda mais nessa condicao. Deus lhe dara forcas. Bj
Yvone;
Querida, vamos caminhando.
O Pablo está mais animado,mas não sei...
Depois nos falamos.
Um beijo
Célia:
Obrigada pela visita e pelas palavras de carinho.
Deus é a minha força.
Você não tem blog?
Gosto de retribuir as visitas que recebo.
Um beijo, volte sempre.
Aninha,
agora entendo melhor sua solidariedade. É que você também tem convivido de perto com a dor e com a lembrança que ela deixa.
Conte com meu afeto, embora a gente tenha acabado de se "conhecer".
Beijo,
Vivina.
Pois é, minha querida amiga. O tempo passa mas nunca nos conformamos de verdade. Aceitamos. Resignamo-nos, eis tudo. Fazer o que?
Olha, Aninha, acredito em Deus, acho que a vida se renova e a morte nunca é definitiva. Creio que Deus nos ama tanto que a vida nos dará outra chance de estarmos próximos daqueles a quem tanto amamos mas que a morte retirou do nosso convívio diário.
Também sou radicalmente contra a pena de morte, embora seja totalmente a favor da prisão perpétua para certos casos.
Fique com Deus, querida. Que ELE possa confortar a sua alma e acalmar a saudade.
Oi,Aninha!Depois de tempos longe,enfim,voltei!Minha viagem foi mesmo otima!!Aos poucos vou contando la no blog!
Mas,olha,fiquei c os olhos cheios d'agua aqui.Eu sei o q e perder alguem q a gente ama muito.E ainda mais dessa forma brutal,minha amiga.Doi demais mesmo!Mas,Deus a tudo ve.
Anninha, conheço bem o Mato Grosso, já que minha mãe era de lá e sou casado com uma cuiabana...
Conheço Dourados e muitas outras cidades do interior daquele estado, que mais tarde foi dividido em dois.
Você falou em pena de morte. E foi isso que um zé mané decretou para o seu irmão e executou, através de um matador.
Esse tipo de "justiça" existia e ainda persiste naquelas belas terras.
Se serve de consolo, possivelmente tanto o mandante como o matador já foram, digamos, riscados do mapa.
É assim que as coisas funcionavam por lá.
Reclamamos da violência urbana aqui no Rio de Janeiro e acabamos nos esquecendo de uma violência latente que existe no interior deste Brasil gigantesco. Uma violência paga até com uma simples cachaça. E que só é punida com da mesma forma que é praticada: com mais violência ainda!
Perder um irmão, ainda mais dessa maneira estúpida e sem motivo nenhum só nos deixa perplexos diante da fragilidade da vida e da boçalidade de algumas pessoas que nem merecem ser consideradas humanas!
Passando para dizer...
Bom dia!
Vivina:
Acredito que coisas como a dor, realmnte nos torna mais fortes e solidárias.
Fica mais fácil entender e até sentir a dor alheia.
Quanto ao seu afeto, ele já é muito importante prá mim. Já o sinto aqui bem próximo, aliás aqui bem dentro de mim.
Um beijo.
Mário:
Minha mãe dizia, que a única coisa que não tem solução é a morte, essa não adianta lutar contra ela.
Mas a saudade e a lembrança é algo que machuca muito.
Agora pena de morte não, mesmo. Falta sim é punição para os crimes cada dia mais frequentes e mais violentos.
Um beijo.
Elis:
Vou lá saber mais da sua viagem.
Você entende bem o que falo né?
A dor não nos abandona nunca, ela se faz presente. O que nos mantém ainda, é crer em Deus, ele é nossa força.
Um beijo.
Cejúnior:
Querido, você conhece bem, não preciso nem explicar nada, lá se mata realmente por um olhar mais feio, um copo de cachaça, ou para ganhar qualquer coisa.
O mandante do crime, não foi nem preso. Quando a polícia apanhou o executor, quase dois anos depois, cometendo um assalto, e confessou o crime, o mandante já estava com a vida dele no fim, estava morrendo com um câncer, e morreu. Foi prestar contas ao pai.
Prá nós sobrou apenas o vazio da perda, e sensação de fragilidade frente aos nossos iguais.
Um beijo.
Meire:
Bom dia!
Que o seu dia seja realmente lindo, como você merece.
Beijos
Postar um comentário